#

Polícia conclui que ataques a ônibus na Grande Vitória foram ordenados por líderes do tráfico

Publicado em: 07/11/2025

Compartilhe:


Mandante agiu em retaliação à morte do filho, que era faccionado ao Primeiro Comando de Vitória (PCV). Oito ônibus foram incendiados em agosto.

A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava os ataques a ônibus ocorridos na Grande Vitória em 25 de agosto deste ano. As investigações apontaram que José Roberto Santos de Jesus e Bruno Trindade da Silva foram os mandantes dos atentados.

José Roberto, que é apontado como gerente do tráfico de drogas no Bairro da Penha e faccionado ao Primeiro Comando de Vitória (PCV), foi preso no dia 31 de outubro.

O ataque foi uma retaliação à morte do filho de José Roberto, David Santos de Jesus, de 21 anos, que foi morto em confronto com a Polícia Militar no mesmo dia em que os ônibus foram incendiados.

Ação Coordenada do PCV

No dia dos ataques, sete ônibus foram incendiados em diferentes cidades da Região Metropolitana, indicando uma ação coordenada.

Segundo o chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Dec), delegado Gabriel Monteiro, os incêndios a ônibus têm três objetivos claros para o crime organizado: demonstrar força, intimidar a população e afrontar a polícia. A facção PCV utiliza adolescentes e pessoas em situação de rua, que são “facilmente substituíveis”, para realizar os atos.

O delegado geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, destacou a importância da prisão de um mandante:

“Nós usamos uma teoria no Direito Penal, chamada de Teoria do Domínio Final do Fato, que permite punir quem dá a ordem, não como partícipe do crime, mas como mandante, autor do crime. Ele responde como se tivesse colocado fogo no ônibus”, afirmou.

José Roberto foi preso pelos crimes de incêndio e corrupção de menores, além de fazer parte de organização criminosa. O outro mandante, Bruno Trindade da Silva (conhecido como “Bruno MM” e também líder do PCV), não foi encontrado e é considerado foragido, com suspeitas de estar escondido no Rio de Janeiro.


Fonte: noroeste news