Projeto ganhou o nome da mãe em homenagem
Criado há cinco anos com apenas três participantes, o projeto cresceu e, atualmente, alcança dezenas de mulheres.
O nome Maria Rosa foi dado este ano, em homenagem à mãe de Miriam, que morreu vítima do câncer de mama.
“Em homenagem a ela, coloquei o nome de Maria, que é o nome dela. E Maria, na verdade, representa toda mulher. Então estamos muito bem representadas com esse nome. Símbolo de força e amor”, explicou a fotógrafa.
Simone Barcelos, Andreia e Simone Carini foram fotogradas em 2024 no espírito Santo — Foto: Miriam Nery
Embaixadoras do Peito
Durante o Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, o grupo se reuniu para mais uma edição do projeto.
As amigas Simone Barcelos, Andreia Mayer e Simone Carini, fotografadas em 2024 retornaram este ano como Embaixadoras do Peito: sobreviventes que incentivam e apoiam novas participantes.
Ainda em tratamento, elas voltaram para acolher outras mulheres que estão começando a jornada.
Mulheres se transforam em Embaixadoras do Peito no Espírito Santo — Foto: Reprodução/TV Gazeta
“Elas precisam saber que tratamento não é o fim. Estamos aqui para ajudar no que for preciso”, disse a professora Simone Barcelos, embaixadora do projeto.
“Não é fácil, é um momento muito difícil. Passei por isso no ano passado, fiz o tratamento, e agora poder estar com elas, passando essa força, é muito especial”, contou Andreia Mayer, que trabalha com transporte escolar.

Este ano, o cenário dos ensaios foi a Casa do Governador, em Vila Velha, na Grande Vitória, que recebeu o projeto com apoio logístico. Um carro cor de rosa também fez parte do cenário.
“A gente está passando por isso, mas isso não vai ficar. É só um período da nossa vida. Deus tem um propósito, não foi à toa que veio. E a gente segue em frente”, completou Simone Carini, administradora.
Em meio ao verde e ao mar, cada clique se transformou em símbolo de coragem.
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Resgate da autoestima
Para as novas participantes, chamadas de Marias Rosas, o projeto é uma oportunidade de resgatar a autoestima.
“Vim para o projeto a convite da minha amiga e estou amando. É uma chance de me arrumar, tirar foto, me sentir feliz, empoderada, e entender que a vida não acabou”, disse a a merendeira Adriana Quintão.
Além das sessões de fotos, o projeto promove palestras com profissionais de saúde, ações de bem-estar, rodas de conversa, práticas esportivas e apoio emocional.
As fotos serão exibidas em um encontro entre amigos e familiares na quinta-feira (23) durante uma festa organizada pelo projeto.
“Quando eu vejo a alegria delas nessa preparação para esse evento, não só elas ganharam, mas eu ganhei muito mais. Quando você dá amor, recebe de volta. Esse projeto mudou a minha vida", disse Miriam.
Ao final de cada edição, a mensagem é clara: o diagnóstico não define uma mulher. “Diagnóstico não é sentença de morte, é sentença de vida. E vida longa ainda”, reforçou a cuidadora de idosos, Pâmela Pinto.