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Polícia conclui inquérito sobre morte brutal de adolescente em Viana

Publicado em: 18/09/2025

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Gabriel Rocha, de 15 anos, foi agredido com violência extrema após consumir drogas destinadas à venda; três suspeitos foram presos.

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) finalizou o inquérito que investigava a morte do adolescente Gabriel Rocha Gonçalves Pena, de 15 anos, ocorrida em junho deste ano no bairro Vale do Sol, em Viana, na Grande Vitória. O jovem foi agredido com extrema violência em abril e chegou a ser internado, mas faleceu dois meses depois, em estado vegetativo, devido aos ferimentos.

Segundo a titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Suzana Garcia, Gabriel tinha envolvimento com o tráfico de drogas. Dependente de cocaína, ele prestava serviços para traficantes ligados ao Primeiro Comando de Vitória (PCV). Após consumir parte da droga destinada à venda, contraiu uma dívida de R$ 150 com a facção criminosa.

Ainda de acordo com as investigações, o adolescente recebeu uma nova carga de drogas para revenda em outra “boca de fumo”, mas voltou a consumir parte do material, o que foi considerado traição pelos criminosos.

Crime brutal

No dia 20 de abril, os suspeitos invadiram a casa de Gabriel, que estava sozinho, e o agrediram violentamente na cabeça. O golpe foi tão severo que o crânio do jovem ficou praticamente partido ao meio. Apesar de ter sido socorrido com vida, não resistiu aos ferimentos e morreu em junho.

Prisões e apreensões

A DHPP, com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), identificou e prendeu três suspeitos envolvidos no crime:

  • Bel Marques da Cruz Ferreira, de 22 anos, conhecido como “LB”;

  • Daniel Henrique Barcelos Francisco de Paula, de 29 anos;

  • Stanley Lima dos Santos Tang, de 29 anos.

Na residência de Bel Marques, a polícia apreendeu munições, um carregador de pistola, dinheiro fracionado e materiais utilizados para embalar drogas.

Tráfico e violência

A delegada destacou que a motivação para o crime está ligada à lógica violenta das facções criminosas que atuam na região.

“O tráfico de drogas efetua uma cobrança de forma muito violenta. Cada pino de cocaína que é posto à venda, é banhado com muito sangue e muita violência. Quem consome o pino de cocaína está consumindo sangue e violência também”, alertou Suzana Garcia.


Fonte: PORTAL PONTO 03