
Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, é investigado pela Polícia Civil por praticar abuso contra o animal
Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, que é investigado por praticar abuso contra um cavalo que teve as quatro patas cortadas com um facão em Bananal, no interior de São Paulo, afirma que estava alcoolizado na hora da mutilação.
"Foi um ato de transtorno. Em um momento embriagado, transtornado, eu peguei e cortei por cortar. Foi um ato cruel", conta em entrevista à TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo. "Não é culpa da bebida, é culpa minha. Eu reconheço meus erros", completa.
O jovem também diz não ser um "monstro" e que está arrependido do que fez com o animal. Ele afirma que os ferimentos foram causados com o cavalo já morto.
"Muitas pessoas falaram que eu cortei as quatro e com ele andando. Isso é uma crítica contra mim. Estão me acusando de um ato que eu não fiz. Muitas pessoas estão me julgando e falando que eu sou um monstro. Eu não sou um monstro. Eu sou nascido e criado no ramo de cavalo, mexo com boi, tenho o apelido de boiadeiro", relata. "Me sinto arrependido dessa crueldade que eu fiz", acrescenta.
O que aconteceu?
A Polícia Civil investiga Andrey por praticar abuso ao animal. O caso aconteceu na tarde de sábado, 16, em uma área rural do município de Bananal. O cavalo morreu.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o investigado e uma testemunha compareceram à delegacia na segunda-feira, 18, prestaram depoimento e foram liberados. Ainda conforme a pasta, diligências prosseguem para esclarecer os fatos.
A conduta também chegou ao conhecimento da Polícia Militar Ambiental. Equipes de veterinários tentam descobrir se, quando teve as patas decepadas, o cavalo estava vivo ou morto.
Uma médica veterinária avaliou o animal na terça-feira, 19, mas, devido à posição em que o corpo do cavalo está, não foi possível tirar conclusões. Outra equipe de perícia deve ir ao local nesta quarta-feira, 20.
Após o caso viralizar nas redes sociais, famosos, como Ana Castela e Paolla Oliveira, saíram em defesa do animal e cobraram que as autoridades investiguem e punam os responsáveis.
Em nota, a Prefeitura de Bananal afirmou que tomou conhecimento e encaminhou o caso à Delegacia de Polícia e Polícia Ambiental para apuração dos fatos, identificação e punição dos responsáveis.
"A Prefeitura repudia qualquer ato de crueldade contra os animais e reforça seu compromisso em zelar pelo bem-estar de todos, trabalhando em conjunto com os órgãos competentes para que casos como este não fiquem impunes", afirma.
Crime
Maltratar animais é crime no Brasil, conforme a Lei nº 9.605/1998, que determina que a pena por "praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos" varia de três meses a um ano de detenção, além de multa. A pena é aumentada de um sexto a um terço se ocorre morte do animal.
Neste caso, como o cavalo morreu, a pena em caso de condenação pelo crime pode chegar a 1 ano e 4 meses de detenção.
Fonte: noroestenews