#

Carla Zambelli tem problemas ?psiquiátricos e neurológicos?, diz perícia da defesa

Publicado em: 20/08/2025

Compartilhe:


Laudo foi usado para pedir prisão domiciliar, mas Justiça italiana mantém a deputada licenciada na cadeia
A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália após tentativa de fuga, foi submetida a uma perícia médica contratada por sua defesa. O laudo concluiu que a parlamentar apresenta “adoecimentos psiquiátricos e neurológicos graves” e necessita de “suporte multidisciplinar contínuo”.
 
Apesar do documento, a Justiça italiana manteve a prisão cautelar de Zambelli e negou o pedido de prisão domiciliar apresentado por seus advogados, enquanto aguarda uma possível extradição ao Brasil, já solicitada pelo governo brasileiro.
 
 
Condições de saúde
 
O parecer pericial, coordenado pelo psiquiatra forense Hewdy Lobo, aponta que a deputada tem histórico de depressão grave de difícil controle, além de transtornos impulsivos com risco de suicídio. O relatório também cita diagnóstico de fibromialgia, responsável por dores severas e generalizadas, e síndrome de Ehlers-Danlos, que exige acompanhamento constante para prevenir quedas e desarticulações.
 
Zambelli ainda sofre de síndrome do intestino irritável, cujo tratamento depende de dieta sem glúten, e apresenta complicações de ordem cardiológica, utilizando medicamentos que, se interrompidos, podem causar alterações graves na pressão arterial e no ritmo cardíaco.
 
O documento ressalta ainda a dificuldade de o sistema prisional italiano fornecer todos os cuidados necessários, como acompanhamento pós-operatório de um tumor cerebral, dieta restritiva e uso de remédios controlados sem risco de automutilação ou suicídio.
 
 
Situação judicial
 
O laudo, baseado em documentos médicos que reconstroem o histórico clínico, psiquiátrico e cirúrgico da parlamentar, ainda precisa ser traduzido por perito juramentado antes de ser apresentado formalmente à Justiça italiana.
 
Carla Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por sua participação na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. Segundo as investigações, a deputada foi a autora intelectual da fraude, que tinha como objetivo emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
 
 
 
Fonte: Revista Fórum

 


Fonte: noroestenews