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ES e outros 5 Estados na mira da PF por esquema e distribuição de drogas sintéticas

Publicado em: 15/05/2025

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Foram cumpridos 9 mandados de prisão em 6 Estados nesta quarta-feira (14), incluindo Vila Velha, na Grande Vitória

A Polícia Federal cumpriu 9 mandados de prisão, nesta quarta-feira (14), em uma operação nacional contra uma organização criminosa especializada na produção e distribuição de drogas sintéticas. O Espírito Santo está entre os seis Estados onde foram cumpridos mandados judiciais, especificamente no município de Vila Velha, um dos focos da ação policial.

De acordo com informações apuradas pelo g1 do Rio de Janeiro até as 15h, três pessoas foram presas nos municípios de Vila Velha, Lauro Muller, em Santa Catarina e Ubiratá, no Paraná. Outros três tinham sido presos na última terça-feira (13), incluindo o homem apontado como chefe do esquema.

A investigação da "Operação Cartel" aponta uma produção nacional em moldes empresariais, com capacidade estimada de fabricação de 4,2 milhões de comprimidos de ecstasy por ciclo de produção. Além do ES, os agentes tentaram cumprir 25 mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal.

Outros três homens já estavam no sistema prisional e foram alvos dos mandados de prisões preventivas. Ao todo, sete veículos de luxo foram apreendidos junto a 10 quilos de insumos para produção de drogas, 1kg de ecstasy, R$ 20 mil em espécie, celulares e documentos.

A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Drogas da Polícia Federal, desvendou um esquema criminoso altamente estruturado. O grupo operava laboratórios clandestinos em comunidades do Rio de Janeiro e em áreas do interior do Paraná, utilizando empresas de fachada para adquirir insumos químicos e movimentar dinheiro de origem ilegal.

A organização contava com a proteção de facções criminosas locais, mediante o pagamento de um "tributo territorial" — um valor informal repassado para os criminosos que permitia o funcionamento da operação. Em troca, parte da droga produzida era repassada ao tráfico nas regiões controladas pelas facções.

A Polícia Federal revelou que substâncias químicas usadas na produção de entorpecentes eram compradas com notas fiscais de empresas de fachada, como perfumarias e barbearias. Uma dessas empresas, ligada ao líder do grupo, adquiriu cerca de 4,6 toneladas de DMSO, essencial na produção de MDA.

O chefe da organização foi preso em um apartamento de luxo no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Também foram apreendidos veículos de luxo, dinheiro, drogas e documentos. Outros dois membros do grupo foram detidos, um também no Recreio e outro em Cordovil, Zona Norte.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa.

Fonte: A Gazeta

Fonte: Regional ES